Província Jesus Bom Pastor – Caxias do Sul , Brasil

UM DOM PARA A IGREJA NO BRASIL

Regra Pastoral de Gregório Magno

 
 
 

A nossa Província Jesus Bom Pastor, colocou como uma de suas metas do sexênio, traduzir para a língua portuguesa a Regra Pastoral de São Gregório Magno, texto sugerido pelo Fundador, o Bem-aventurado Alberione, como leitura obrigatória na formação das Irmãs Pastorinhas, as quais condividem a missão pastoral de Cristo. Graças à dedicação e competência da Ir. Sandra Pascoalato sjbp, esse sonho foi realizado com bom êxito. Expressamos nosso profundo agradecimento a Ir. Sandra, pelo seu zeloso e dedicado serviço prestado a nós e à Igreja no Brasil, com a tradução desse precioso dom, sobretudo aos sacerdotes, bispos e agentes pastorais.

 

Dom Moacyr Grechi, Arcebispo de Porto Velho – Rondônia, ao qual somos muito agradecidas, agraciou-nos com a apresentação no Prefácio da obra. Assim ele se expressa: 

 

“Temos, agora, uma tradução da “Regula Pastoralis”, de São Gregório Magno ou Gregório o Grande. Uma riqueza de obra, pela sua organicidade e metodologia pastoral.

Já tinha lido textos em latim (da Liturgia das Horas e outros), da tradução italiana da Regula que ganhei do Frei Clodovis Boff, na década de 80, e, agora lendo e relendo-a em italiano e português, percebi que realmente ela deve ser lida por nós, pastores de hoje, com muito proveito.

Gregório é de uma humildade impressionante. [...] E afirma: Muitos, porém, semelhantes a mim pela inexperiência, não sabendo avaliar-se a si mesmos, aspiram a ensinar o que não aprenderam e consideram o fardo deste magistério tanto mais leve quanto mais ignoram sua grandeza. Estes se sintam repreendidos desde o início deste livro, e porque não informados e precipitados desejam ocupar a mais alta cátedra de ensinamento, a dignidade episcopal, já desde o início do nosso discurso sejam rechaçados pela ousadia de sua precipitação.

[...] Note-se, porém, que ele falava num tempo em que aqueles que estavam à frente do rebanho eram conduzidos, por primeiro, aos suplícios do martírio. Então, sim, era louvável aspirar ao episcopado, quando já se sabia, com certeza, que, por meio desse ministério, chegar-se-ia às mais graves torturas.

 

 

[..] No capítulo 8, da segunda parte, temos palavras que refletem sabedoria e conhecimento do povo:

É necessário também saber que os bons pastores devem procurar ser agradáveis para atrair, com a amabilidade da estima que gozam, ao amor da verdade, e não pelo prazer de ser amados, mas para tornar a sua amabilidade como uma estrada pela qual conduzir o coração dos fiéis ao amor do seu criador. É difícil que um pregador não amado seja ouvido de boa vontade, mesmo que diga verdades sacrossantas. O Pastor deve, portanto, procurar que seus fiéis o amem para conseguir que o escutem e, todavia, não deve procurar um afeto dirigido a si mesmo, para não se descobrir em luta, na secreta cobiça do poder do seu pensamento, contra aquele que, pelo ministério assumido parece servir.

[...] Nessa construção do autêntico Pastor, mestre e guia de seu rebanho, sobressaem a missão e a vida de dedicação do pastor, o método de ensino e as virtudes.

[...] No seu conjunto, mais de trinta, que, mesmo na sua simples enumeração, mostram a grande experiência humana e psicológica do autor e seus dotes de discernimento espiritual. Sua doutrina é simples, realista, lúcida e atual” (Dom Moacyr Grechi, Arcebispo de Porto Velho)

 

Nosso louvor à Trindade, por esse sonho realizado.

 

Irmãs da Província Jesus Bom Pastor