Província Pe. Alberione – São Paulo - Brasil

Irmãs Pastorinhas na Diocese de Registro – SP

 

Quilombolas e indígenas em ação contra a crise no Vale do Ribeira/SP

 

Encontro de Registro

 

Encontro de Eldorado

 

“Nós não vamos pagar pela crise que aí está!”! Esta é uma afirmação da população brasileira em situação de vulnerabilidade.

Os grandes criaram essa situação e o povo paga com o desemprego, com o baixo salário, com o aumento dos preços, com a ameaça de mais fome no mundo.

Diante desse quadro sinistro os Quilombolas e Indígenas do Vale do Ribeira – Diocese de Registro, interior de São Paulo, decidiram fazer um estudo mais aprofundado sobre a CRISE MUNDIAL e analisar o porquê dela, quem a desencadeou, quais as conseqüências que recaem sobre o povo e que atitudes tomar frente esta realidade.

 

Encontro de Cananéia

 

Natureza da crise

Há diferentes enfoques sobre sua natureza, mas todos concordam que é uma crise estrutural, sistêmica, que atinge a produção, as finanças, o comércio, o meio ambiente e o modo de vida consumista proposto pelo capitalismo.

 
Irmã Maria Sueli Berlanga assessora um estudo
 

Conseqüências da crise

Há muitas hipóteses, mas todos concordam que as suas conseqüências sociais serão graves e que recairão sobre todo o povo brasileiro. Os mais atingidos serão os trabalhadores, as mulheres e a população com menor proteção de direitos sociais e de seguridade.

 

Táticas políticas da classe dominante: os capitalistas

a) Estão construindo um discurso para gerar hegemonia de que a crise é de todos, que não têm culpados, portanto todos devem dar sua quota de sacrifício.

 

b) Vão usar todas as medidas clássicas que o capitalismo sempre usou para sair das crises: desemprego, aumento da exploração dos trabalhadores, destruição do capital acumulado, conflitos bélicos para destruir capital, transferência de riqueza da periferia para o centro, etc.

 

c) Vão aumentar a ofensiva sobre os recursos naturais brasileiros, para se apropriar, privatizar as riquezas que hoje são públicas, como a terra, a água, a energia, instalar hidrelétricas na Amazônia, minérios e biodiversidade.

 

d) Vão apelar para o Estado, pois ele tem maior capacidade de reunir, juntar a mais valia social (a poupança nacional) e repassar aos capitalistas e bancos para socorrer suas empresas, com dinheiro do povo.

 

e) As saídas que estão sendo apresentadas pelos governos e pelos empresários não vão resolver os problemas da crise do capitalismo. No mínimo vai aumentar os problemas da classe trabalhadora. Vai aumentar a criminalização a todos que lutarem contra a crise, como é o caso do vem acontecendo com os Movimentos Sociais.

 

Irmã Josefa Aparecida Mácoris em momento de estudo em grupo

 

O que devemos fazer? Organização popular!

a) Fortalecer o trabalho de base, pois sem ele é impossível conscientizar, organizar e motivar as massas.

 

b) Construir a unidade entre as forças populares.

 

c) Superar as perversidades do modo de produção capitalista para poder construir sociedades mais justas e igualitárias.

 

d) Estimular todo tipo de luta social, sobretudo aquelas que possam organizar as pessoas mais atingidas pela crise, como desempregados, etc.

 

e) Colocar todas as energias para construir uma jornada unitária, massiva, de protesto contra a crise.

 

f) Organizar mutirões de debates sobre a natureza e a conseqüência da crise, em todos os espaços possíveis: igrejas, comunidades, paróquias, pastorais, escolas, bairros, fábricas, assentamentos, sindicatos, assembléias legislativas, câmaras de vereadores, rádios municipais, etc.

 

g) Trabalhar o tema da crise em toda e qualquer atividade independente da motivação original.

 

h) Incluir o tema em todos os cursos de formação programados e nos boletins, jornais e cartilhas.

 

i) Fazer contatos com as pessoas que tem influencia sobre o povo como padres, pastores, religiosas, prefeitos, para ver como fazer o trabalho de base massivo.

 

O povo se organiza

 

Irmã Ângela Biagioni com um grupo de mulheres

 

Material didático

a) Adquirir as Cartilhas para os debates: assembleiapopular@terra.com.br

b) Adquirir os programas para as rádios: danilo@radioagencianp.com.br

c) Editar boletins e panfletos.

d) Produzir cartazes para colagem.

Irmã Ângela Biagioni sjbp

 

 

 

Programação dos quilombolas assessorados pelas Irmãs Pastorinhas de Eldorado

 Encontros de estudo sobre crise e matriz energética

04/04 – Lideranças Quilombolas, Indígenas, Pastorais Sociais – Registro/SP

18/04 – Quilombolas e Associações de Moradores – Iporanga/SP

16/05 – Quilombolas e Indígenas – Eldorado e Sete Barras/SP

23/05 – Quilombolas e Indígenas – Cananéia/SP

20/06 – Coordenação Diocesana da Pastoral da Criança

27/06 – Quilombolas e Indígenas – Juquiá – Miracatu - Iguape/SP

04/07 – Agricultores Familiares – Cerro Azul - Adrianópolis/PR e Ribeira/SP

18/07 – Quilombolas – Barra do Turvo/SP

22/08 – Entidades – Movimentos – Igrejas – Registro/SP