Província Pe. Alberione - Brasil São Paulo
JORNADA NACIONAL CONTRA A CRISE VALE DO RIBEIRA – SÃO PAULO
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Dia 14 de agosto de 2009: o Brasil foi às ruas! Trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, unidos contra a crise e as demissões. Lutam por emprego e melhores salários, pela manutenção dos direitos e pela sua ampliação, pela redução das taxas de juros, pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, pela reforma agrária e urbana e em defesa dos investimentos em políticas sociais. O Governo Federal, que injetou bilhões de reais na economia para salvar os bancos, as montadoras e as empresas de eletrodomésticos (linha branca), tem a obrigação de exigir a garantia de emprego para a classe trabalhadora como contrapartida à ajuda concedida.
O povo não é o culpado pela crise. Ela é resultado de um sistema que entrou em crise.
Também no dia 14 de agosto de 2009 centenas de pessoas do Vale do Ribeira, integrantes de várias organizações, entre elas a EAACONE, o Coletivo Educador Lagamar, Pastorais Sociais da Diocese de Registro, o MST, o MAB, a Via Campesina, liderados pelo MOAB, ocuparam o pedágio da multinacional OHL, na Rodovia Régis Bittencourt, altura de Cajati (Km 485), Estado de São Paulo. Por duas horas os manifestantes liberaram o pedágio e panfletaram os motoristas.
O protesto foi contra: A CONSTRUÇÃO DA UHE (Usina Hidroelétrica) TIJUCO ALTO, proposta pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA)/Grupo Votorantim. Seu objetivo é SOMENTE produzir energia para AUMENTAR a produção de alumínio da CBA; As GRANDES MONOCULTURAS: como os bananais, que fazem uso de agrotóxicos, ocupando de forma ilegal as margens do rio; o Pinus e Eucalipto que tem levado ao abandono da agricultura familiar, perda de solo e êxodo rural; As MINERADORAS que contaminam as águas e solos por metais pesados; O projeto imposto pelo governo Estadual à construção do PRESÍDIO no município de Registro, sem consulta pública à população.
A população reivindica: O arquivamento do projeto de construção da UHE Tijuco Alto; A retirada dos projetos de construção das UHE’s Funil, Itaóca e Batatal na Aneel; A redução das monoculturas de pinus, eucalipto e banana; O respeito ao Código Florestal e recuperação da mata ciliar; A recuperação das águas e solos contaminados por metais pesados; O abandono do projeto de construção de presídio no Vale do Ribeira; O fortalecimento da agricultura familiar e valorização da cultura local; A consulta à população em relação a qualquer empreendimento.
Em seguida foi realizada uma caminhada pela Rodovia Régis Bittencourt até a BUNGE, multinacional instalada em Cajati, que já matou o rio Jacupiranguinha, ocasionando um grande desastre ambiental para a região e muitos problemas de saúde para população local.
As Irmãs Pastorinhas Maria Sueli Berlanga e Ângela Biagioni são membros da Equipe organizadora dessa delicada, mas necessária AÇÃO.
O Evangelho de João 10,11–13 “Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. O mercenário, que não é pastor e a quem as ovelhas não pertencem, quando vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e sai correndo. Então o lobo ataca e dispersa as ovelhas. O mercenário foge porque trabalha só por dinheiro, e não se importa com as ovelhas”.
14 de agosto de 2009 ficará na memória e na história! Não se pode negar que a transformação da sociedade está na organização popular e na força da graça que vem da Palavra de Deus e vai perpassando e encorajando para não fugir quando o lobo aparece e ataca o rebanho. |
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